Boris Lehman
Nascido em 1944, Boris Lehman dedica-se ao cinema desde os
16 anos de idade, depois de estudar piano.
Cinéfilo e crítico de
pós-graduação do INSAS (Escola de Cinema em Bruxelas),
começou no início dos anos 60 um trabalho no cinema fora dos
padrões comerciais, primeiro com os doentes mentais Clube Antonin
Artaud; em seguida, com amadores e não profissionais.
O que suscitará uma obra cinematográfica
intensa constituída, até à data, por mais de 300 filmes.
Boris Lehman gravou incansavelmente imagens e palavras
daqueles que encontra, ou figuras que ele imagina, sendo as suas fotografias e
os seus filmes, provas da existência dessas figuras, embora retrate
igualmente parentes e lugares seus familiares, ao longo de várias
épocas.
Memórias e provas contra o esquecimento e associadas
à morte, todos estes filmes constroem a identidade de Boris, e um
relatório do seu próprio dia-a-dia e do dos outros.
Singular coleccionador que cria os seus próprios
objectos, é hoje uma das principais figuras do cinema de
investigação na Europa, um cineasta belga repetidamente comparado
com outro cineasta seu amigo, o norte-americano Jonas Mekas.
Os filmes de Boris Lehman, rodados em vários suportes
como Super 8, 16mm e vídeo, recorrendo ao som e ao silêncio,
à cor como ao preto e branco, situam-se na fronteira entre o retrato
poético do diário e o género da ficção.
Boris Lehamn teve, em 2003, uma grande retrospectiva da sua
obra no Centro Georges Pompidou, em Paris.
Em 2010, a Cinemateca Suíça, em Lausanne,
dedicou-lhe a mais recente retrospectiva.
Site oficial:
www.borislehman.be/
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